A figura da cigana

Nosso segundo encontro, agora já adentrando a temática da Cultura Cigana, teve como ponto de partida uma dinâmica intitulada "Quem é cigano?", que funcionou da seguinte forma: a turma foi dividida em dois grupos e sorteamos quem iniciaria o jogo. Foram postas em slides várias fotos de personalidades da política, esporte, cinema, televisão, música, etc. para que os alunos identificassem quem era cigano. Os alunos se surpreenderam em saber de algumas personalidades ciganas. No decorrer da dinâmica falamos das biografias de cada cigano. O objetivo foi que eles percebessem que, por mais que esta etnia seja marginalizada alguns ciganos conseguiram destaque, mas também perceber que a descendência cigana não é algo posto em evidencia em suas vidas.

Após isto lemos e interpretamos o poema "Canto cigano" de Cecília Meirelles, que uma importante autora da nossa literatura e poucos sabem de sua descendência cigana.

Como o centro do encontro é perceber a figura da mulher cigana e como ela é retratada, para fazer um contraponto com o poema, trouxemos a música "Sandra Rosa Madalena" de Sidney Magal, que, ao contrário do que muitos pensam, não é cigano.
Após as discussões, os alunos puderam perceber que na música o que mais aparece é aquela visão estereotipada da mulher cigana como sensual e no poema é completamente diferente.
Seguindo com o encontro, foi lido em conjunto com os alunos o conto "A cigana rosa do baralho de ouro" de Saul Guterres. Com o objetivo de desmitificar a questão da religiosidade cigana, pois muitas pessoas associam os ciganos a religião, como se fazer parte desta etnia pressupusesse uma determinada crença e isto não acontece, fica a ressalva: O POVO CIGANO É UMA ETNIA E NÃO UMA RELIGIÃO! O cigano é livre para seguir a religião que mais se identificar, a sua cultura não o impõe isto.

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